Que película desgraçada,
Me foste queimada
Em jeito de filme.
A cor, a preto e branco
Não fazia parte da acção.
Quer fim esta sessão.
A personagem morreu,
Renasceu, vai recordar
Ainda e esquecer
O cenário escuro que viveu.
NF 15-07-2014
Saturday, August 02, 2014
Monday, February 10, 2014
Até parece
Até parece que não nasci ali,
Que nunca levei com o vento
Húmido com cheiro a mar, mas
Ó Diabo, o que fizeste de mim?
Até parece que não vivi
Até há bem pouco no meio
Das pedras e paredes brancas.
E parece que fugi sim
Sem saber bem porquê.
Apaguei o caminho para casa
Mas sei, Diabo, que agora
Não te livras tu de mim.
NF 10-02-2014
Que nunca levei com o vento
Húmido com cheiro a mar, mas
Ó Diabo, o que fizeste de mim?
Até parece que não vivi
Até há bem pouco no meio
Das pedras e paredes brancas.
E parece que fugi sim
Sem saber bem porquê.
Apaguei o caminho para casa
Mas sei, Diabo, que agora
Não te livras tu de mim.
NF 10-02-2014
Friday, April 05, 2013
Friday, March 15, 2013
Sinto muito
Sinto muito que te possa magoar,
Por aquilo que penso de ti,
Por aquilo que te faço passar.
Sinto muito deixar-te assim,
À mercê da dor, pensar não ter amor
Que é o teu amor para me dar.
Sinto muito ver-te assim.
Agora magoas, me alertas
E pedes por mim,
Quero dar-te o melhor, vou fazer
E repensar.
NF
16-04-2013
Por aquilo que penso de ti,
Por aquilo que te faço passar.
Sinto muito deixar-te assim,
À mercê da dor, pensar não ter amor
Que é o teu amor para me dar.
Sinto muito ver-te assim.
Agora magoas, me alertas
E pedes por mim,
Quero dar-te o melhor, vou fazer
E repensar.
NF
16-04-2013
Thursday, February 21, 2013
Sunday, November 25, 2012
Despertar
Ouvir, apreciar, saudar, brindar,
Fluir, deixar, andar,
Receber, aconchegar, aquecer,
Desejar, sonhar, imaginar,
Perceber, libertar, partilhar,
Dançar, sentir, tocar,
Descobrir, revelar, perdoar,
Agradecer,
Amar.
NF - 25-11-2012
Fluir, deixar, andar,
Receber, aconchegar, aquecer,
Desejar, sonhar, imaginar,
Perceber, libertar, partilhar,
Dançar, sentir, tocar,
Descobrir, revelar, perdoar,
Agradecer,
Amar.
NF - 25-11-2012
Sunday, October 28, 2012
Sem razão
Tem tanta coisa para ver,
Tem tantos sorrisos para ler,
Tem tanto encanto para trás
Não me dá tréguas, nem paz.
Só meu, ao meu lado
É tudo ilusão.
Palpita por certo
Mas nunca está por perto.
Não consigo arrancar da mente
O que não se chama razão.
NF 28-10-2012
Tem tantos sorrisos para ler,
Tem tanto encanto para trás
Não me dá tréguas, nem paz.
Só meu, ao meu lado
É tudo ilusão.
Palpita por certo
Mas nunca está por perto.
Não consigo arrancar da mente
O que não se chama razão.
NF 28-10-2012
Tuesday, May 01, 2012
Cartas
Não tenho cartas para te dar.
As tuas nem sei ler,
Não foram escritas para mim.
São só rabiscos, porque sim,
E não chegaram por querer.
Não sei ler as tuas cartas
Escritas em contra-mão.
Um engano para mim,
Um deslize fraseado.
Se estivesses a meu lado,
Se perguntasses sim,
A resposta era não.
NF 01-05-2012
As tuas nem sei ler,
Não foram escritas para mim.
São só rabiscos, porque sim,
E não chegaram por querer.
Não sei ler as tuas cartas
Escritas em contra-mão.
Um engano para mim,
Um deslize fraseado.
Se estivesses a meu lado,
Se perguntasses sim,
A resposta era não.
NF 01-05-2012
Thursday, March 15, 2012
Os loucos
Os loucos que eu atraio
São mais loucos do que eu.
Porque nem sabem
Quem são, não sabem
Da sua razão,
E não querem saber.
Tanto me tenho
Dito, tanto me tenho
Olhado, não sei se há
Um porquê: de que vale
Ter juízo.
Repugnam-me ao segundo,
Restrinjo o meu pequeno
Mundo, mas de mais loucos,
Não preciso.
NF
15-03-2012
São mais loucos do que eu.
Porque nem sabem
Quem são, não sabem
Da sua razão,
E não querem saber.
Tanto me tenho
Dito, tanto me tenho
Olhado, não sei se há
Um porquê: de que vale
Ter juízo.
Repugnam-me ao segundo,
Restrinjo o meu pequeno
Mundo, mas de mais loucos,
Não preciso.
NF
15-03-2012
Saturday, February 25, 2012
A Árvore da Vida
A árvore despede-se dos seus frutos,
Despede-se das suas folhas,
Despede-se do seu passado.
Quando os frutos caem ao chão
É o seu momento de perdão.
Não apodrecem frutos na árvore,
Não pode haver morte num ramo são.
Como a mente e pensamentos,
Se inerte, não os elimina,
Tudo destrói com a sua toxina.
Se com os frutos não forem as folhas,
A árvore vê-los-á na sua sombra
Lutando, em vão, por ficar.
É poupada do que tem de ser feito,
Tudo na natureza é perfeito.
O ciclo termina e recomeça.
Cobre-se os pensamentos de perdão,
Frutos e folhas dos nossos ramos.
Um dia, nada mais serão do que meros
Pedaços do caminho, no chão.
NF
25-02-2012
Despede-se das suas folhas,
Despede-se do seu passado.
Quando os frutos caem ao chão
É o seu momento de perdão.
Não apodrecem frutos na árvore,
Não pode haver morte num ramo são.
Como a mente e pensamentos,
Se inerte, não os elimina,
Tudo destrói com a sua toxina.
Se com os frutos não forem as folhas,
A árvore vê-los-á na sua sombra
Lutando, em vão, por ficar.
É poupada do que tem de ser feito,
Tudo na natureza é perfeito.
O ciclo termina e recomeça.
Cobre-se os pensamentos de perdão,
Frutos e folhas dos nossos ramos.
Um dia, nada mais serão do que meros
Pedaços do caminho, no chão.
NF
25-02-2012
Thursday, August 18, 2011
Deus?
Deus sou eu,
És tu,
Somos nós.
Quando dançamos
Quando rimos,
Quando amamos,
Quando destruímos.
Deus é quem quer bem
E quem quem quer mal.
É quem corta o caminho,
É quem altera o destino.
Todos somos Deuses,
Por isso é divino.
Não há um Deus bom
Sem haver um Deus mau.
Os homens olham o firmamento,
Não conseguem olhar para si,
Para o Deus lá dentro.
Todos contra todos,
Muitos por alguns,
O meu pelo teu.
És tu,
Somos nós.
Quando dançamos
Quando rimos,
Quando amamos,
Quando destruímos.
Deus é quem quer bem
E quem quem quer mal.
É quem corta o caminho,
É quem altera o destino.
Todos somos Deuses,
Por isso é divino.
Não há um Deus bom
Sem haver um Deus mau.
Os homens olham o firmamento,
Não conseguem olhar para si,
Para o Deus lá dentro.
Todos contra todos,
Muitos por alguns,
O meu pelo teu.
Thursday, June 24, 2010
Guerra
Haverá paz para uma guerra sem armas?
Sem território, sem troca de palavras.
Uma guerra por tudo e por nada.
Haverá paz para uma alma cansada?
Sem território, sem troca de palavras.
Uma guerra por tudo e por nada.
Haverá paz para uma alma cansada?
Tuesday, May 11, 2010
Tuesday, May 04, 2010
Tons
Revela-se um suave movimento
Quando ondulo nessa dança.
Em perfeita vibração com
A realidade, percebo ao que sabe
A temperança:
Um beliscar tímido com dedos
De criança,
É um nobre castigo
Que não sufoca de ansiedade.
Sigo passadas certas ao ritmo
Que emergem notas musicais.
Assim se rodopia pouco a pouco
Numa envolta coreografia
Que não é demais.
Afinam-se descobertas
De novos sinais,
E desfaz-se o ruído
Clamado por um louco.
Eclode um bombear da alma
Quando percebo a vivacidade
Nesse poder da harmonia,
Ou apenas pura inocência
Da liberdade.
Como uma flauta que sopra o tom
Da simplicidade,
Agora embrulho o meu suspiro
E termino em perfeita cadência.
NF
05-05-2010
Quando ondulo nessa dança.
Em perfeita vibração com
A realidade, percebo ao que sabe
A temperança:
Um beliscar tímido com dedos
De criança,
É um nobre castigo
Que não sufoca de ansiedade.
Sigo passadas certas ao ritmo
Que emergem notas musicais.
Assim se rodopia pouco a pouco
Numa envolta coreografia
Que não é demais.
Afinam-se descobertas
De novos sinais,
E desfaz-se o ruído
Clamado por um louco.
Eclode um bombear da alma
Quando percebo a vivacidade
Nesse poder da harmonia,
Ou apenas pura inocência
Da liberdade.
Como uma flauta que sopra o tom
Da simplicidade,
Agora embrulho o meu suspiro
E termino em perfeita cadência.
NF
05-05-2010
Tuesday, April 27, 2010
A espera
Esperamos demais só um segundo
Mas sonhamos com a eternidade.
Não chega viver para sempre,
Mesmo retirando os seixos do rio
Em busca da profundidade.
Impomos espelhos ao sol
Desejando o farsante luar,
Podendo não haver mais brio
Nem um gracioso amanhecer
Quando quisermos olhar.
Muito, que foi demais,
Seguro em paz contra o peito.
Ajustam-se movimentos desfasados,
Deixando oscilar esse almejado
Engenho que cura a pontualidade,
A marcar o compasso perfeito.
NF
27-05-2010
Mas sonhamos com a eternidade.
Não chega viver para sempre,
Mesmo retirando os seixos do rio
Em busca da profundidade.
Impomos espelhos ao sol
Desejando o farsante luar,
Podendo não haver mais brio
Nem um gracioso amanhecer
Quando quisermos olhar.
Muito, que foi demais,
Seguro em paz contra o peito.
Ajustam-se movimentos desfasados,
Deixando oscilar esse almejado
Engenho que cura a pontualidade,
A marcar o compasso perfeito.
NF
27-05-2010
Thursday, February 11, 2010
Monday, May 25, 2009
Memórias
De traços meigos
Num corpo franzino,
Descalça na rua
Sem medo do frio.
As mãos rastejantes
E unhas sumidas
Trepavam árvores
E imaginavam cozinhas.
A voz aguçada
Falava de encantos,
Os olhos acreditavam
Que existiam anjos.
O paladar imaginava
O sabor da terra,
Fazia de areia
O bolo da festa.
O sol escaldava
E não era dor,
Os dias eram anos
A passar de cor.
Fito deslembrada
Esta passagem discreta,
Como se uma janela
Estivesse aberta.
Não lembro onde foi
A minha refém,
Ficam dela as memórias
Para a minha mãe.
NF
25-05-2009
Num corpo franzino,
Descalça na rua
Sem medo do frio.
As mãos rastejantes
E unhas sumidas
Trepavam árvores
E imaginavam cozinhas.
A voz aguçada
Falava de encantos,
Os olhos acreditavam
Que existiam anjos.
O paladar imaginava
O sabor da terra,
Fazia de areia
O bolo da festa.
O sol escaldava
E não era dor,
Os dias eram anos
A passar de cor.
Fito deslembrada
Esta passagem discreta,
Como se uma janela
Estivesse aberta.
Não lembro onde foi
A minha refém,
Ficam dela as memórias
Para a minha mãe.
NF
25-05-2009
Tuesday, January 27, 2009
Sunday, August 31, 2008
Chuva
O soalheiro calafrio sucumbe
A desnuda insónia condensada.
Qual tempestade reproduzida
Num desejo entregue ao relento,
Desperto pelas ranhuras deste chão
Onde cai em pranto a minha chuva.
Abriga-se o vulto desprovido
Do dilúvio com tormentos resfriados.
Anseia pela bonança vora,
O momento que aquieta a alma,
Depois de ter sentimentos feridos.
Toca no seu dorso esta bonança
Que componho em traços de luz.
Torna à terra o curso de água,
Carregado de raízes efémeras
Num desabrochar de Primavera
Em pleno Outono.
Nádia Fortes
31/08/2008
A desnuda insónia condensada.
Qual tempestade reproduzida
Num desejo entregue ao relento,
Desperto pelas ranhuras deste chão
Onde cai em pranto a minha chuva.
Abriga-se o vulto desprovido
Do dilúvio com tormentos resfriados.
Anseia pela bonança vora,
O momento que aquieta a alma,
Depois de ter sentimentos feridos.
Toca no seu dorso esta bonança
Que componho em traços de luz.
Torna à terra o curso de água,
Carregado de raízes efémeras
Num desabrochar de Primavera
Em pleno Outono.
Nádia Fortes
31/08/2008
Monday, August 25, 2008
Retrato
Ponto sem partida,
Paragem em movimento,
Amor fraternal,
Despontar dum rebento,
Sorrisos esmorecidos,
Um lenço ao vento,
Sebenta sem prefácio,
Minutos sem tempo,
O meu universo
Num breve apontamento.
NF
25/08/2008
Paragem em movimento,
Amor fraternal,
Despontar dum rebento,
Sorrisos esmorecidos,
Um lenço ao vento,
Sebenta sem prefácio,
Minutos sem tempo,
O meu universo
Num breve apontamento.
NF
25/08/2008
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