De que interessa o saber definitivo das coisas... Não é por isso que somos mais felizes.
Sejamos breves enquanto donos da verdade,
Não há verdade que permaneça intacta.
Cortemos as nossas unhas enquanto é tempo
Para mais tarde não arranharmos em nós mesmos.
Percamos a fé em deuses ocultos,
Afinal, eles nunca existiram.
Sujemo-nos, enlameados, enquanto crianças.
Saberemos, mais tarde, que a lama suaviza a pele.
Comentemos o alheio sem interesse.
Um dia, todos quererão saber de nós.
Soltemos, para sempre, o que nos une:
Afinal, o mundo nunca esteve unido.
Nádia Fortes
04/08/2004
1 comment:
Haveis perdido o "piu"?
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