De que interessa o saber definitivo das coisas... Não é por isso que somos mais felizes.
Sejamos breves enquanto donos da verdade,
Não há verdade que permaneça intacta.
Cortemos as nossas unhas enquanto é tempo
Para mais tarde não arranharmos em nós mesmos.
Percamos a fé em deuses ocultos,
Afinal, eles nunca existiram.
Sujemo-nos, enlameados, enquanto crianças.
Saberemos, mais tarde, que a lama suaviza a pele.
Comentemos o alheio sem interesse.
Um dia, todos quererão saber de nós.
Soltemos, para sempre, o que nos une:
Afinal, o mundo nunca esteve unido.
Nádia Fortes
04/08/2004
Thursday, May 12, 2005
Friday, May 06, 2005
Dos Nossos Olhos
Dos meus olhos para ti... Tudo o que eu queria agora e não posso ter...
Dos nossos olhos
As janelas que se abrem de manhã
Não mais que em navios passageiros
São o encanto do ausente ou do cheio
Que em corpos se ligam ao mar.
São mariposas suspensas que se beijam,
Amantes que se tocam no vazio,
E em delicados movimentos nos deixam
Num arrepio perdidos de paixão.
Do fundo, do negro, do invisível
Jaz no ninho um tímido rouxinol
Que canta ao som dos olhos perdidos
Quando sua bussula em outros achou.
Em metáforas vos descrevo e anseio
Que o meu pássaro de alma cante
Quando a bussula do teu olhar perdido
Invadir de mar a janela do meu navio.
Nádia Fortes
29/07/2003
Dos nossos olhos
As janelas que se abrem de manhã
Não mais que em navios passageiros
São o encanto do ausente ou do cheio
Que em corpos se ligam ao mar.
São mariposas suspensas que se beijam,
Amantes que se tocam no vazio,
E em delicados movimentos nos deixam
Num arrepio perdidos de paixão.
Do fundo, do negro, do invisível
Jaz no ninho um tímido rouxinol
Que canta ao som dos olhos perdidos
Quando sua bussula em outros achou.
Em metáforas vos descrevo e anseio
Que o meu pássaro de alma cante
Quando a bussula do teu olhar perdido
Invadir de mar a janela do meu navio.
Nádia Fortes
29/07/2003
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