Esperamos demais só um segundo
Mas sonhamos com a eternidade.
Não chega viver para sempre,
Mesmo retirando os seixos do rio
Em busca da profundidade.
Impomos espelhos ao sol
Desejando o farsante luar,
Podendo não haver mais brio
Nem um gracioso amanhecer
Quando quisermos olhar.
Muito, que foi demais,
Seguro em paz contra o peito.
Ajustam-se movimentos desfasados,
Deixando oscilar esse almejado
Engenho que cura a pontualidade,
A marcar o compasso perfeito.
NF
27-05-2010